Com a atual situação financeira do país, contrair dívidas tem se tornado cada vez mais corriqueiro. Para quem financiou a casa própria, é preciso ter cuidado para que o sonho não se transforme em pesadelo. Desde o advento da alienação fiduciária nos contratos, em meados dos anos 1990, o processo de retomada pelos bancos se tornou muito mais rápido. Conheça algumas alternativas para renegociar dívida de crédito imobiliário.
Utilizar o FGTS para abater o valor
Em muitos casos, a utilização do FGTS pode ser uma ótima alternativa para amenizar as dívidas. Mesmo após o saldo do Fundo de Garantia ter sido empregado na entrada do financiamento, é possível lançar mão do saldo acumulado desde então, apenas se for respeitado o prazo de dois anos.
Com o FGTS, é possível tanto amortizar o saldo devedor como pagar prestações, o que pode ser mais interessante em caso de urgência. Neste caso, há um limite de 80% do valor da parcela que pode ser quitado com o saldo do Fundo, ficando o restante a cargo do devedor, e o recurso pode ser utilizado em, no máximo, 12 parcelas, das quais apenas três podem estar vencidas.
Fazer a portabilidade da dívida
Desde a regulamentação da portabilidade dos financiamentos, as instituições financeiras têm se esforçado no sentido de aumentar sua base de clientes, o que proporciona, muitas vezes, juros (e, consequentemente, parcelas) menores. Para saber se a portabilidade vale a pena, devem ser levadas em conta as despesas com cartórios e com o novo financiamento. Os bancos não podem alterar o total de parcelas e o total do valor financiado.
Procurar o banco para renegociar dívida
A renegociação da dívida pode ser uma boa saída em tempos de crise. Tradicionalmente, os bancos costumam oferecer resistência a operações do tipo, mas, diante do quadro econômico do país, é possível encontrar certa flexibilidade. Ao buscar um acordo, é importante uma análise realista do orçamento, a fim de que o novo compromisso assumido seja verdadeiramente viável.
Além de buscar uma dilatação no prazo do financiamento, é importante pedir também uma redução na taxa de juros. Uma vez que também é de interesse do banco a quitação da dívida, é possível conseguir boas vantagens na renegociação. O ideal é conversar pessoalmente, embora existam plataformas on-line que façam o “meio-campo” entre credores e clientes.
Cogitar a possibilidade da venda
Em certos casos, o orçamento familiar pode se tornar insustentável com o financiamento da casa própria. Na tentativa de manter o imóvel, muitas pessoas acabam acumulando empréstimos e mergulhando no cheque especial, o que pode se transformar em uma bola de neve incontrolável.
Abrir mão, temporariamente, do sonho pode ser a melhor estratégia para equilibrar as finanças, pagando um aluguel mais barato ou, quem sabe, adquirindo um imóvel mais em conta. Se esta for a decisão a ser tomada, é preciso ter em mente que a venda pode não ser tão rápida e o valor conseguido pode ser menor que o esperado.
Seja qual for a estratégia adotada, um bom conselho é evitar contrair novas dívidas, a fim de que a situação não saia novamente do controle. Compartilhe este post com os seus amigos para que mais pessoas saibam como renegociar dívida de imóveis.